segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

   Eu demorei muito tempo pra conseguir expor aqui tudo que tem se passado pela minha cabeça nesses últimos dias. Via as cenas e não conseguia falar, às vezes nem mesmo entender o que estava acontecendo. Os que me acompanham no Twitter (@nsgalvao), devem ter visto o que eu disse, que não era jornalista porque se fosse cobrir uma situação como a que o Rio de Janeiro está passando, não conseguiria falar nada. Estou aqui, nesse espaço em que me sinto tão confortável para dizer as coisas...e ainda não sei bem por onde começar.
   Vi tantas coisas nesses dias, e uma das que me impressionou muito foi a história de um homem que perdeu a família, a casa, e ainda assim está trabalhando como voluntário. Perdeu o que tinha de mais importante, e segue ajudando, para que outras pessoas não passem o mesmo que ele.
   Ver as imagens, ainda que pela televisão, choca. As pessoas choram, a dor de perder a família, a casa, outras choram assustadas por tudo que aconteceu. Vendo o noticiário, já chorei inúmeras vezes. Mas uma coisa que não sai da minha cabeça, é que, apesar de tudo, quando a noite chegar, vou deitar na minha cama quentinha e dormir segura. E a maioria dessas pessoas não poderá fazer isso. 
   Aqui, enfatizo o apelo que tantos outros já fizeram: doem, um quilo de alimentos, uma blusa que você não usa mais que seja. Já é um conforto, uma esperança, uma oportunidade de essas pessoas saberem que não estão sozinhas.
   Fiquei feliz em ver hoje na TV as pessoas se mobilizando tanto em Nova Friburgo. Indo doar sangue, ajudando no recebimento das doações, brincando com as crianças nos abrigos. No último post de 2010, desejei um 2011 cheio de amor para todos, lembram? (Relembre aqui.) Era disso que eu estava falando. É esse amor, de sair da sua casa em pleno domingo para ir fazer o bem para alguém, de descansar um pouquinho de tempo a menos para prestar solidariedade a quem está precisando tanto, era exatamente disso que eu estava falando. E fiquei feliz de verdade em perceber que esse mundo não está perdido, entre tantas catástrofes, e corrupção, sujeira e coisas absurdas que acontecem, ainda existe humanidade em nós, seres humanos.
   Desejo que todos que leram esse texto um tanto quanto confuso (bem-vindos à minha mente!) , ajudem, do jeito que puderem. Será valioso para essas pessoas nesse momento e diminuirá um pouquinho a sensação de impotência diante dessa tragédia. Clicando aqui , você vê onde é possível fazer doações aqui em São Paulo. Postos no país inteiro estão recolhendo donativos.


Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos     
Sem amor, eu nada seria...      
                                                                                                                                  

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