segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

21 anos de solidão

Postado em 30 de Agosto de 2010



Sábado retrasado foi meu aniversário. 21 anos. E como já tem virado rotina, em sua hora exata, eu estava sozinha. Tem sido assim desde que me lembro. Passo o dia sendo festejada, as pessoas chegam 5 minutos depois, mas às 13 horas do dia 21/08 é sempre assim: eu sozinha. Talvez o único dia em que isso não tenha sido verdade tenha sido mesmo 21/08/1989, a chuvosa segunda-feira em que respirei o ar desse "admirável mundo novo" pela primeira vez.
Não sei o que isso quer dizer, acho que nem mesmo tenho esperanças de que queira dizer alguma coisa, mas eu, com esse jeito estranho de observar tudo ao meu redor, não posso deixar de achar curioso. Sinto curiosidade também em saber como seria passá-lo com alguém, mas ao mesmo tempo, e de algum modo que nem eu mesma entendo, torço para que isso não aconteça. Sem querer entrar em méritos religiosos, acredito que exista uma força superior que guia nossas vidas e que essa força faz com que eu sempre esteja sozinha em meus aniversários porque, apesar de gostar muito dessa data, é fato que uma semana antes dela, já começo a sentir uma melancolia interior que só passa depois das 13 horas do dia 21. No fundo, no fundo, fazer aniversário me causa certa apreensão, algo muito parecido com o que sinto minutos antes da virada de um ano para outro. 
Preciso estar sozinha nos primeiros minutos da minha nova idade, como todos estivemos relativamente nos primeiros minutos de nossas vidas, para que eu posso assimilar e ordenar tudo que me passa pela cabeça nesse momento, para que eu possa sobreviver a mais um ciclo de mudanças que se inicia. Porque das 12:59 para as 13:01 do mesmo dia, não muda nada, mas em um ano, muitas transformações acontecem, e isso, mais a ânsia pelo futuro são as coisas que me passam pela cabeça às 13h do dia 21/08. Um futuro de horas exatas de aniversário solitárias, mas, como também tem sido rotina, apenas elas.



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