segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Meu Amor

Postado em 02 de Outubro de 2009

   Amo de um amar estranho e maravilhoso, um amar expansivo que me preenche e me transborda, um amar capaz de abraçar o mundo. Às vezes me dá a impressão de que todos os sentimentos dentro de mim são amor. A raiva mais incontida, a tristeza mais sentida, são o amor a coisas que eram e já não são.
   Amo pura e simplesmente por amar, de um amar sem explicação, amar pela felicidade de amar. Amo o amor sem-razões de Drummond, completo e perfeito em si mesmo. Amo o amor louco e trágico de Shakespeare, o amor boêmio e infinito de Vinícius, e dele também o amar sereno e repousante.
  Amo qualquer coisa que possa ser amada, amo o Sol que entra pela minha janela de vitrais coloridos e me desperta no sábado de manhã. Amo o reencontro com os amigos da infância e a sensação de que, ainda que adultos, juntos somos eternamente crianças. Amo a vontade alucinante de sair cantando na chuva com o guarda-chuva vermelho de Mary Poppins, em uma sexta-feira à noite, de volta pra casa. Amo o sabor generoso de uma manga suculenta em um final de tarde. Amo a bochecha vermelha de um final-de-semana de Sol. Amo a certeza de que, mesmo que eu pense que já amo tudo que se há para amar, sempre haverá mais alguma coisa, algum novo amor.
  Amo a juventude que ainda me faz esperar o melhor, ou pelo menos o justo, de todas as coisas, ainda que de vez em quando eu me decepcione e brigue com ela. Amo a sensação de que meu coração bate tanto que morrerei de amor. Amo a vida. Amo o amor.

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