segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Postado em 10 de Setembro de 2009



- Eu queria viver tudo que imagino.
- Cuidado com o que você deseja...
- Mas aí que está, eu não sei o que desejo!
- Por isso mesmo...
- Eu queria ser a menina rica e bem-educada do início do século XX, enamorada de um inglês e amiga de Sherlock Holmes, a italianinha de 16 anos grávida de seu primeiro e único amor,
a jornalista inglesa amada por seu editor-chefe, a moça abandonada em um trem no Velho Mundo. Sei que sou todas, de alguma forma e ao mesmo tempo, menina, mulher, culpada,
inocente, mas queria viver de verdade, sentir o sabor de uma grande surpresa real, não lida em frias linhas...talvez eu aponte para uma 'Insustentável Leveza do Ser', onde ser, viver,
é o único desejo, acima de qualquer um que um dia possa surgir. E quem sabe o final não seja o mesmo, trágico, no ápice da felicidade. Confesso que, antes assim, que no momento em
que a vida seja reduzida a apagadas e arrependidas lembranças, tão desbotadas que nem mereçam ser chamadas de lembranças...
Agora eu já sei o que é sangrar para me sentir viva...

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