segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Postado em 11 de Setembro de 2009



Estou de frente para o espelho.
- Ná, essa é você, idade maior do que a cara mostra, consciência maior do que se pode ver.
- Muito prazer, desde quando estou aqui?
- Sempre esteve. Só não enxergou. Quando pequena, era confuso demais para você entender, mas ainda assim se manifestava, o gosto inexplicável pelas estrelas do céu, a mudez frente ao
brilho do mar, a atração incontestável pela ciência.
- "Um dia eu serei cientista..."
- Você ainda lembra?
- Claro que sim, sou eu! É o que de fato eu serei...
- Sim...porque sempre esteve aí...gosta do que vê?
- Muito. E a cada minuto mais...quem mais pode me ver assim?
- Todos aqueles que você permitir. Preocupe-se apenas com você se enxergar assim e todos ao seu redor também o enxergarão.
- E se alguém não gostar?
- Faça o possível para ser agradável, mas sem deixar de ser quem você é. Aliás, é mais fácil alguém não gostar de você agindo como não é do que como é.
- Certo...obrigada.
- Mais alguma pergunta?
- Não, só isso.
- Então, bem-vinda a quem você é!
Nunca fui tão eu mesma. Ou pelo menos nunca me senti tão eu mesma como agora...

She's got eyes of the bluest skies
As if they thought of rain
I hate to look into those eyes
And see an ounce of pain...

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