segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

youPIX

Postado em 05 de Dezembro de 2010




  Depois de quase três tenebrosas semanas de muitos estudos e provas na faculdade, eis que consigo uma pequena pausa para falar de um evento muito legal que aconteceu aqui em São Paulo, no MIS, Museu da Imagem e do Som, de 23 a 26 de novembro, o youPIX. Estive lá apenas no primeiro dia, as provas não permitiram que eu fosse mais, mas com certeza já foi o suficiente para trazer um montão de questionamentos à cabeça que produz as coisas aleatórias que você vê aqui no Letras.
O primeiro debate, da noite e do evento, foi sobre a cultura digital e seu caráter global ou local. Sob a mediação de Bob Wolheim, Publisher da Six Pix Content, Pedro Dória (editor-chefe de Conteúdos Digitais do Grupo Estado), Cris Dias (Creative Technologist da JWT Brasil), Tiago Dória (jornalista e pesquisador de mídia) e Rene de Paula (profissional interativo da Locaweb) fizeram um debate interativo com Ethan Zuckerman, pesquisador do Berkman Center for Internet and Society da Universidade de Harvard, que recentemente deu uma palestra no TED em que usou o Trending Topic do ano "CALA BOCA GALVÃO" para falar da relação das pessoas com as novas mídias que constantemente surgem.
Ethan sugere que a maior barreira para que a cultura digital não seja necessariamente global é linguística, ao que os convidados não concordaram totalmente. Sugeriu-se que o que faz a cultura digital ser, em alguns casos, local é a maneira como as pessoas lidam com ela em diferentes lugares do mundo. Foi aí que eu comecei a pensar a respeito dessa relação. É possível encontrar formas diferentes de se relacionar com as novas mídias sem mesmo precisar ir muito longe, nos ambientes que frequentamos bastante, como trabalho e faculdade. Assim, acho que a cultura digital, mais do que local, pode ser chamada de individual, pois cada um que contribuiu para sua formação e transformação tem seu jeito particular de se relacionar com as mídias. Ao mesmo tempo, é uma cultura global, pois apesar das diferenças de relacionamento, é possível ter acesso a todo esse conteúdo. Talvez o local entre nesse ponto, nos lugares em que a internet é restrita e o acesso a essa cultura digital já não é tão ilimitado. Enfim, acho que esse assunto renderia horas de conversa entre muita água, cerveja e amendoinzinhos coloridos (quem esteve lá sabe do que estou falando). Bem humorado
O segundo debate da noite foi sobre o Universo Gay na Web, mas eu saí do auditório para twittar dos computadores que havia no lounge, com conexão Wi-Fi cedida pela Telefonica e acabei me distraindo...Muito feliz De qualquer forma, vi o David After Dentist (aquele menininho que fez praticamente uma reflexão filosófica da vida sob efeito de anestesia enquanto voltava do dentista com o pai, caiu no YouTube e virou um dos maiores memes da web atual) chegar de limusine ao evento (O.o) acompanhado da equipe do Fantástico, da Rede Globo (O.o²). O garoto participou logo mais de um talkshow comandado por Rosana Herrmann (editora do Querido Leitor e Gerente de Criação do R7) junto com seu pai, e falou sobre sua vida depois do fenômeno que se tornou o vídeo, além de seu pai ter falado do processo de criação de uma marca (David After Dentist) e como eles estavam ganhando em cima disso hoje em dia. Ao final do talkshow, foram distribuídos adesivos da marca, cuja foto esta aqui embaixo:


  Novamente fiquei eu a pensar sobre a complexidade da relação das pessoas com as novas mídias sociais. Qualquer conteúdo que de alguma forma chame a atenção pode virar um hit de grande sucesso que, se analisado a fundo, não teria uma razão concreta para ser algo de sucesso. Há uma espécie de mudança de valores hoje em dia, em que algo que pareça bizarro ou engraçado, faz sucesso por isso, e não por necessariamente ter um bom conteúdo.
Por último, gostaria de contar a sensação estranhíssima que eu tive ao encontrar a Rosana Herrmann lá. Seguidora sua no twitter que sou, já ia toda feliz e pimpona falar com ela, como se fosse a pessoa mais íntima do mundo. No meio do caminho parei e fiquei pensando em como a web tem esse poder, de aproximar as pessoas que não são de um mesmo convívio, a ponto de parecer que elas se veem todos os dias, o que nem sempre é uma realidade.
Enfim, acho que foi um dia bastante produtivo e tenho certeza de que os outros também foram! Sendo assim, aguardamos ansiosamente a próxima edição do evento wébico mais divertido do Brasil, que acontecerá em janeiro, na Campus Party Brasil 2011. Nos vemos lá!!

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